quinta-feira, 17 de junho de 2010

Matéria da Revista Marie Claire

Dossiê Luto
A vida de quem fica
A morte desorganiza, deprime. Mas o luto tem começo, meio e fim. Nesse processo, a dor da perda se transforma em saudade, e a vida continua, com outro sentido. Por Rosane Queiroz.

Uma mulher vai até Buda com o filho morto nos braços e suplica que o faça reviver. Buda diz a ela que vá a uma casa e consiga alguns grãos de mostarda. Mas, para trazer de volta a vida do menino, esses grãos devem ser de uma casa onde nunca morreu ninguém. A mãe vai de casa em casa, mas não encontra nenhuma livre da perda.
A parábola budista explora a lição mais óbvia e mais difícil da vida. A dificuldade de encarar o fim como parte da existência é o que faz do luto uma experiên-cia tão assustadora. "A morte é sempre vista como um acidente de percurso ou um castigo divino", diz a psicóloga Clarice Pierre, especializada no atendimento de doentes terminais. Desde a infância o ser humano não é treinado para perder, mas para ter, acumular. "Os pais protegem os filhos das frustrações, e perder é essencial para entender que nada é permanente. E me refiro a perder desde jogos, até objetos e pessoas", diz Clarice.
Se o desapego budista é uma utopia, a preparação para encarar a morte de forma menos traumática é possível, e começa mesmo na infância. "Criança pode ir a velório e receber respostas honestas sobre a morte, em vez de explicações fantasiosas, como a de que a pessoa viajou ou virou uma estrela." No dia a dia, é preciso tratar as perdas como parte da vida. "Ensinar sobre a finitude ajuda a objetivar a existência, reduzindo a angústia existencial."
Os sintomas do luto são divididos em fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação. Nesse processo, a pessoa experimenta desinteresse pela vida, culpa, baixa auto-estima, angústia, revolta. A duração e a intensidade desses sentimentos vão depender do histórico de perdas da pessoa, e também do grau de relação com quem morreu (a perda mais dura seria a de um filho, pois quebra um ciclo "ilusoriamente previsível") e do tipo de morte. "Nas mortes traumáticas, acidente, suicídio, assassinato, pode haver uma fase de negação mais prolongada, a culpa e a revolta podem aparecer com mais intensidade", diz a psicóloga Maria Helena Bromberg, do 4 Estações, um centro de pesquisas sobre luto e atendimento a enlutados, em São Paulo.
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Para ler a matéria na íntegra acesse:

"A dor é suportável quando conseguimos acreditar que ela um fim e não quando fingimos que ela não existe." (Allá Bozarth-Campbell)

"Às vezes, quando sentimos a falta de alguém, parece que o mundo inteiro está vazio de gente." (Lamartine)

Enviado por Carla Campos
"Na metade da minha vida me achei numa selva escura. Tinha errado a estrada." (Dante Alighieri)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Palestra

Tanatologia - Educação para a vida e a morte
Palestra em vídeo apresentada por Carla Hannas
Local: Auditório B do Hospital da Lagoa
Data: 09/06/2010
Horário: 18:45h

"Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar." Lya Luft
(enviado por Carla Campos)